quinta-feira, 29 de abril de 2010

A calça, João escatológico e o pedido


Cicrano diz pra Fulana: eu tô passando mal.
Ela muito solicíta pergunta: tu quer alguma coisa? o que eu posso fazer?
Cicrano responde: por favor, me ame!

Caso real.

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João é Cicrano e Nisseli é fulana, amigos de longa data. O texto acima é curto, pode chegar a bonito. Entretanto o perigo mora nas detalhes que vou relatar.
João tinha dor de barriga, Sandra tinha uma calça bacana. O primeiro tem um humor único, a segunda uma língua cortante.
O diálogo foi assim:

-Porque você ri Nisseli? Me dá tua calça.

- Ah João, não dou não. Se a gente fosse fazer sexo ,você não tiraria ela, é muito confortavél

Horas depois, João um pouco melhor:

Nisseli?

Oi.

Me ama, poxa eu tô passando mal pra caramba, só te peço um ombro, vem me ama só um pouquinho
Isso ocorreu depois que ele vomitou, e foi ao banheiro e soltou a pérola:
Poxa, caguei bastante, me sinto outro homem ,agora me beija.


E por essas e outras que sei que tenho amigos doentes. Por essas e outras que gosto muito deles.
Sim, é nojento sim, mas me diga quem de nós nasceu, vive e morrerá santificado e imaculado?
Eu? Eu tenho medo de gente muito metida a decente. Esses adoram o padrão e me desculpem se não quero fazer parte do clube chato deles. Nunca descuidando de que educação é o que há de mais charmoso numa pessoa, isso aqui não se discute. Nada de confusões!
Contudo não gosto de fôrma e não banco a purinha. Entende?! Sou espontânea e às vezes alguns tem percepções erradas por isso. A eles só lamento. Com a licença para o erro de concordância verbal: eu me permito.




terça-feira, 27 de abril de 2010

Dionne Bromfield,o quarto escuro e eu muito louca


Meu irmão arrumou meu pc hoje e enfim pude ouvir meus sons. No momento ele deve estar arrependido, ehehe, depois que aumentei o soul da Dionne Bromfield e comecei a cantar Mama Said no meu inglês errado. A música faz parte de mim. Pulsa em mim. Dionne é uma guria de 13 anos que canta po-de-ro-sa-mente clássicos do soul. O quarto está escuro, certas coisas são boas para fazer assim: como tomar banho ou deitar na rede pra escutar Jimi Hendrix.
Baixou uma pomba-gira louca dos anos cinquenta em mim e uhuuu. Fui dançar! Me imaginava com aqueles vestidos de cintura marcada e saia vazê que adoro, bati palmas, soltei os cabelos, me remexia toda. Gente eu danço maaal mas eu danço.
Era a liberdade explodindo e saindo dos poros. Agora estou suada, sensual e feliz.

Bom estar viva.



Ps: Aos curiosos duas músicas que a mocinha canta que gosto pra caramba.
Until you come back to me - Aretha Franklin
Foolish little girl - The Shirelles






segunda-feira, 26 de abril de 2010

Diálogo Apocalíptico



Não lembro em que dia conversava com Thiciana Prazeres, a Thiça...papo pra lá papo pra cá surge minha reclamação: Calor! Céus essa ilha de Saint Louis ta infernal, falei: Sinto que vou desintegrar. É o fim do mundo.
A louca ainda confirma: nós vamos morrer!!!


Adoro diálogos apocalípticos.






sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Estranho II


Conversar com o Alê. É precisamente um vicio estranho, papo começa e é difícil parar!
Pelo mistério que ele representa ou tenta representar. Admito que isso ás vezes me chateia e ele sabe e gosta o Maledeto. Outras horas nem ligo e oblitero.
Alexandre Lemos me deixa em liberdade, à vontade.
Posso falar do meu dia sem pudor, sem medo de julgamento ou de libidinoso pensamento.
Hoje lhe contei que a tarde fui tomar banho de sol nua no quintal, usava somente um chapéu bege e o pé-de-acerola, confidenciei com graça . Viu tudo.
Alê gosta de andar de meias na grama molhada, é louco pelo filme Clube da Luta e escuta Artic Monkeys mais do que deve.
Moço de Diadema, gosto de você.


Ps: Alê, roubei sua foto, de novo ^^

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mar que me invade


Como pode? Como pode existir alguém que me seja um sereno bem? Eu não sei.
Depois dos meus jovens-anos-turbulentos, vi que não sou feliz em turbilhão. Na verdade já tinha descoberto isso no durante, entretanto optei por varrer a louca-varrida pra debaixo do tapete.
Falo como se já tivesse cinquenta...pretensa a velha aos vinte e dois!
Ele é como o mar calmo que me invade,vem me dar de beber a boca em ondas leves. Mas minha sede nunca é satisfeita, saciada.Mania de querer do Ártico ao Atlântico.
Homem que guarda nos olhos o oceano. Lendas, peixe, concha, alga, embarcação.
Virei sereia pra não morrer afogada! Assim posso buscar um tesouro que julguei perdido no meu palácio encantado.
No reino de mar-amor-morada.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Fogo!



Minha língua está acesa, as labaredas das letras me corroem as mãos, a mente, lambe os dentes com suas cáries.
O fogo invade dos meus segredos-gaveta às teias-de-aranha do canto dos quartos.
Queima aqui dentro, agora mata-me.
Estou sendo devorada, as cinzas deitam libidinosas sobre mim como sádicas.
Tenho tremores de um gozo de masoquista acorrentada. Eu deixo, eu gosto, eu transpiro, eu necessito desse caso incendiário da linguagem.
Palavra-me!

Receita de uma tarde decrépita.


Ingredientes:

Primeiro. Você vai ouvir um pipoco próximo a sua casa que lhe deixará mais de quatro horas seguidas sem energia, logo você não se poderá olhar seus blogs prediletos nem dar conta da sua vida para os outros no twitter.

Segundo. Preguiça, muita preguiça. Vai estar chovendo e haverá uma inevitavél lerdeza (na verdade nenhuma vontade de estudar)para entender aquele texto de marketing, que sabe-se-lá-como você defenderá no dia seguinte. Finja que não viu a roupa pra dobrar no sofá.

Terceiro. Zero grama do namorado, nenhuma lasquinha dele, o cara está longe e nesse momento amaldiçoe a Deus, o Diabo e os nerds da ciência por não terem inventado o teletransporte.

Junte tudo isso e aproveite. Um detalhe crucial para a receita. Comer! É a única coisa boa que te resta fazer. Pegue três pães, abuse de maionese sabor limão, frite os ovos com shoyu, mas lave-os. Não precisa deixar a situação mais decrépita contraindo uma salmonella, acrescente batata palha no final, fica criativo. Seu estômago tem boca, contudo não reclamará por isso.

O suco é de saliva, lembre-se a preguiça, o frio da chuva, a ausência de colo e a falta de luz( culpe ela também) não te possibilitam fazer mais nada.
Bom apetite!



segunda-feira, 19 de abril de 2010

Furta-Cor


Mulher de alma furta-cor existe! A maioria delas quando abre os olhos enternece e cega.
Retire os óculos para perceber as tonalidades!
Ser multifacetado de vaidade, de ventre, costela de Adão que sai bolsa, sombrinha nas conduções em busca do salário.
É ela que transpira, vomita e engole a sensibilidade.

sábado, 17 de abril de 2010

A felicidade do dia


Sábado. Aqui escreve uma mulher cansada em meio ao mormaço, um quarto bagunçado e uma sopa quente de frango com brocólis. Tive uma noite mal-dormida e preocupante. O menino-das-tranças estava doente, só pude dar um comprimido e uma xícara de chocolate quente.
Lhe abraçava, engraçado ele dizendo: vai passar a dor. E ela não passava!
De manhã dei banho, vesti, liguei pra sua mãe e caminhamos pro hospital. Ia encolhido no táxi.
Chegando lá na emergência mostrou que tinha mãnha por cinco eus. Exames daqui, de acolá, grito de criança com joelho deslocado, um velhinho com a cabeça sangrando e a fome chegando.
Uma da tarde, a sua mãe precisou sair pra dar aula na pós...fiquei. Depois fui comprar qualquer coisa que enganasse o estomâgo, enfrentei até o meu medo de elevador, me perdi, como de praxe. Tenho uma sina pra me perder em hospitais.Voltei pela escada e valeu a pena. Fiz ele sorrir. Sempre é indulgente com meus desastres. Sempre é doido por coxinha. A felicidade do dia foi dividir com ele o meu lanche. Um gesto tão simples.
Divisão. Da nossa saliva, das suas camisas, divido minha brabeza, meu conselho, os anseios. Nosso tempo, divide as cocégas, o reggae, o relaxamento, tudo dividido aqui no peito não diminui, só aumenta.
Por hora chega. Amanhã tenho ocupações, ver um filme de colo com direito a pizza, sair pra ver uns documentários que vão de Hermeto Pascoal a Tim Maia. Um domingo com atividades simples. Estou me preparando com uma boa noite de sonhos e um dorflex pra coluna.
Vou dormir e aproveitar o dia que virá.

terça-feira, 13 de abril de 2010

O meu presente.


Hoje foi aniversário de Beca, fez 60 anos a minha segunda mãe. A alguns metros da casa já ouvia os gritos dos guris, chegaram as pencas pra me pedir a benção, eu toda enrolada com caderno,bolsa, sombrinha pra esta minha tarefa de tia.
Mamãe vinha muito bonita vestida de linho branco, toda risos. Eu a adotei e ela me adotou em espírito. Possui o mesmo poder de quem me gerou, o de me olhar nos olhos e descobrir por traz deles o que se sente e o que se mente. A ultima parte me deixa envergonhada, ela sabe quando apronto uma!
Com ela aprendi muito e muito ainda tenho que aprender com essa mulher sábia e tão simples.
Em tempos de vacas magras não lhe comprei um presente, em meio a faqueiro de prata entregue em caixa de veludo, produtos da Natura, colcha de cama bordada...entreguei aquilo que pude dar: um hibisco vermelho, uma flor roubada que vi no caminho.
Mais valia a intenção. Estava lindo o objeto do meu furto no seu cabelo preto.
Não me denunciem gente , é segredo ^^

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Te quero



Eu o quis, eu o quero, assim na quantidade de bastante. Que nunca gostei de pouco.
Contrariando conselhos que me dei e que me deram.
Eu deixei toda amargura naquele dia de milk-shake com chuva, por nossos instantes. Por uma esperança a deriva em praia distante.
Por acreditar em um nós.
Pensar que tudo iria embora por uma intriga de uma pessoa que você julgou amiga...tsc tsc coisa de gente de mente mesquinha pequena, não sei se sinto raiva ou se tenho pena.
Eu o quis, eu o quero, assim na quantidade de muito.
Existem momentos feitos somente com ele e por ele.
Como sorver as gotas que lhe caem dos ombros após o banho, um calmo ritual de beber e não se pode beber qualquer alguém. Não é pra ser banal... Pelamordedeus chega do que vendem poraí com o nome de passageiro, de carnal! Ele é o cara que produz os melhores sanduiches já vistos as três da madrugada, o moço me sorri negligente porque derrubo o molho na cama causado pelo complexo-rotineiro-obsessivo -de-mulher-desastrada que me acompanha. Ele inventa de contar as pintas que tenho no corpo, perde o número e conta de novo, me fazer cócegas até cair, sempre traz rosas, me empresta a camisa azul de beisibol numa noite gelada. Dança comigo um blues antigo, conversa à meia-luz com um tinto argentino, massageia minhas costas cansadas.
Te quero, assim na quantidade de insuficiente, por que não me basta, sempre é uma inquietude e se bastar é que o sentido chegou ao fim, te quero cheiro, suor e pernas.
Somos passíveis de erros e acertos. Então vamos seguir nosso caminho,errando e acertando.
Que eu não canso desse amor doido da gente.
Ps: dois ultimos posts deletados, afinal de contas foram os 'peores' já criados.





terça-feira, 6 de abril de 2010

O sundae


Saí da faculdade e passei no supermecado, olhei um sundae e a mesa repleta de bombons, castanhas, cerejas, chocolatinhos coloridos, que festa para os meus olhos e mesmo sabendo que havia um pote de sorvete de flocos me esperando em casa. Não resisti e comprei. Huuuum...como tava delicioso aquele sundae, com calda, todo cheio de cor. Resolvi que não ia pegar ônibus, ir a pé pra casa, só vinte minutos de caminhada. Quando minha cabeça anda cheia surge essa necessidade de andar, me relaxa, embora meu joelho direito doesse.
Sabe? Foi muito bom isso, eu pude rir de mim no caminho, porque fui beber a parte que foi ficando líquida, tropecei e o sorvete desceu direto pro meu nariz. Meu Deus como eu sou desastrada!


^^

E agora?!


'Penso: quando você não tem amor, você ainda tem as estradas." Dizia Caio Fernando Abreu.
E agora que foi embora o amor?!
E agora que eu não sei o caminho?! Meu corpo grita sozinho por uma bússola no meio do asfalto.

sábado, 3 de abril de 2010

O encantamento de Yuri


Yuri tem seis anos, é negro, usa óculos e vinha correndo balançando as mãos dizendo: 'tia, tia, eu vi uma amora vermelhinha tia, vermelhinha. Laaaá no altão.'
Eu sorria o vendo tão animado, havia várias crianças, que particularmente os chamo de caçadores de amora. Tinham as mãos cheias delas.
Às vezes não esperam nem amadurecer!
Minha manhã foi tão linda, muito sol, aquele burburinho infantil.
Ah, o sítio não teria a mesma graça sem eles.

Lembrete




Lembrete: Eu vim à Terra pra ser feliz.

Só pra eu não esquecer.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Próxima parada?




...Foi embora sem destino. No desatino da ida havia pego o essencial para levar.
Levou o orgulho, a coragem e a dignidade.
A alma ficou ao vento a voar
Não havia ticket de volta no bilhete de passagem.
Sua próxima parada? Ninguém saberá.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Inquieta

Inquieta!
Ela. Ela só espera, só fica só.
A conversar com suas perguntas, sonha com o dia em que irá sair daquele quarto decidida a desligar o pc, mandar pra puta que pariu o soul porque ta afim de ouvir rock'n'roll.
Este vai ser um grande dia, ela transpirará, beberá e vai acreditar naquela noite que é livre.
Vai se encontrar com as respostas.
Eu acho. Na verdade nem me acho. É tanta inquietação que já não cabe em mim.
E assim vou me auto-consolando...É só mais uma noite ruim.
Ela vai passar, penso calada, calando a dor do coração de quem fica.
Porque mesmo que eu não desejasse, eu precisava ficar.
Um sentimento a partir.