quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tem dias

eu Alê diz:
Mais alguma pergunta para aliviar a sua consciência querida?
Didi diz:
Teu querida é patético. Minha consciência não precisa de alívio, precisa de pecado.
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Dialógo emiessiênico com Alexandre Lemos.


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Porque há dias que eu queria acordar Amy Winehouse, mas eu já conheço essa parte da história. Não tem final feliz.
Desejei me perder, por um momento só. Esse novo olhar microscópico voltado para dentro de mim está pra me matar, são impressões fortes demais!
E pensar que achava essas crises uma frescura. Era mais cômodo analisar assim. É, era.
* Agora que ouviu o desabafo, me prepara um drink. Thanks.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Torpor


Hoje acordei sem pressa. Sem pressa de ir para a faculdade, de tirar a poeira do quarto de ir para lugar algum. Responsabilidade eu tenho, mas minha cama está me chamando toda convidativa.
Hoje acordei somente para o meu silêncio.
Preciso tomar uma decisão muito séria que afetará não só minha vida, afetará também a da minha família...Esse torpor não passa de insegurança. Sei que não é dormindo que se enfrenta medos.
Já molhei as plantas que consistem numa roseira quase-seca e uma santa quitéria um pouco estraçalhada pela minha vira-lata. Um dia eu compro mais flores...
Por agora chega que eu tô murcha. Lá na MTV ta tocando Eminem e eu pensando em como existir às vezes dói.


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Amar também é...


...Enfrentar uma tigela de cremogema de chocolate de barriga cheia para que sua mãe durma feliz e tenha certeza que você não vai morrer de raquitismo na manhã seguinte!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

'' O que salva a gente é a futilidade '' by Cazuza


Ana: Ele é muito bacana fulote. Ficou em quarto lugar no campeonato de xadrex.
Lia: Nerdzão...
RG, CPF,número da calça, quero informações.

Ana: Ele é oficial da CFO, se forma esse ano e faz contabéis na Federal, termina no meio do ano que vem.

Lia chega com aquele ocasional huumm, que sempre quer dizer nada com coisa nenhuma. Obtém dados para futuramente tirar um sarro do objeto da conversa.

Sua amiga loira oficial da fármacia continua descorrendo sobre o quase-namorado.

Ana: Ele é tranquilo, calmo, inteligente, tem um salário razoavél.

Lia: Meodeos, para que é um alienígina!!!
Ana: kkkkkkkkk, só pode.



Ps: Num sei que diabo de texto é esse.
PS²: Sou péssima com dialógos.
Ps³: O pior é que isso é baseado em fatos reais.




sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Nem tão moderna assim


Eu andei pensando nas tendências desse mundo moderno, na mais que falada era da informação, num sei se inteligente , mas que enfim traz informação. Em primeiro lugar deveria manter-me quieta sobre certos assuntos. Só que não dá Deus! Eu tenho que falar!!!
Vi em alguns albuns de orkut de pessoas distantes e até mesmo de conhecidas fotos de causar vergonha alheia. Do tipo, gurias que fazem cara de devoradora enquanto apertam os seios. Falta apenas um letreiro na testa com a frase: POR FAVOR ME COMA!
Aposto que nenhuma feminista analisaria isso como lindo, não há um motivo de protesto sério , somente exposição pela exposição; em que alienadamente se fazem objeto. Embora acredite que possamos protestar bem-vestidos. Tô vendo galera num narcisismo tecnológico terrivél. Precisam disso para ser feliz? Precisam disso para se autofirmar?
Leia-se bem que não existe aqui puritanismo, nunca fui guardiã da moral e não será hoje que vou bancar uma. Taí de exemplo a Santa Inquisição que não passava de intolerância associada a hipocrisia...
Pois a moda é ser gostosa, 24 horas. Mas bem que podiam avisar que sombra azul cintilante com batom vermelho ao meio-dia faz mal pra saúde visual dos transeuntes. Que uma cara de bunda é melhor do que a própria...
Acho que tô antiga, sou dessas que pensa em ser sexie apenas pro namoradinho e não para o resto da Terra.
Sei que não posso falar de orkut alheio sendo que no meu tem altas fotos joselitas com meu amigos: escorregando no terraço cheio de sabão,poses de samurais no Wang-Park e guerra de lama na reserva do Araçagy. Ainda prefiro ser sem-noção a Geyse Arruda.


ps: Reserva da Praia do Araçagy, 2009.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Não falando de amor


A gente fala de amor mas não deve. É não deve.
Falando do amor se perde o riso, o cheiro, a beleza de algo tão maravilhoso que não tem nome e nunca terá.
Não se deve procurar metafísicas em pele, em sentimento e olhar.
Ps: sei que não sou niguém para dizer o que pode e o que não pode ser dito.
Ps²: sei também que por contradição, eu possa ousar falar desse sentimento mais na frente.
ps³: devo ressaltar que não sou nenhuma maluca que ache relacionamento a dois um sonho cor-de-rosa, se assim fosse eu fugiria.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ácida


TPM, briga com namorado, trânsito congestionado e uma disciplina de cálculo chata pra caralho e eu ainda me pergunto o que falta para o resto do dia ser feliz. Ta tudo uma maravilha aqui no meu interno país tropical.
Trouxe lápis, caneta, borracha, caderno e a calculadora cietífica pra faculdade, o cérebro deixei em casa descansando, mora dessas está feliz assistindo 'Os pinguins de Madagascar' na tv bobinho.
Pra falar a verdade tive um problema nos ultimos dias, metade do meu único neurônio queimou, daí me consolei dizendo: tudo bem, você já não usava mesmo.
Ok, vocês devem dizer sobre o quanto estou ácida, eu gosto sabe, não acho ruim. Afinal de contas me é um elogio. O status de hoje é sulfidríco.
O sarcasmo me acompanha e me salva ás vezes, mas só às vezes, na verdade não passa de uma casca. Tem hora que ele perde feio pro meu coração gelatinoso. Ele é chorão e insensato. Burro até.

Fazer o quê se ele é molenga assim?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cartas


Uma texto levou-me a refletir sobre velhas coisas, velhas cartas.
Acho que certas palavras devem continuar em seu canto, guardadas numa caixa, nem sempre é bom remexer no passado.
Tenho algumas atitudes extremistas às vezes, e me dou ao luxo de quebrar a cara nessa graça. Isso é bom, a gente cresce e endurece, certo?Num desses rompantes toquei fogo em tudo que já não fazia sentido na razão de existir. Não por raiva , mágoa menos ainda. É que tem relações que devem ser cortadas.
Confesso que ver as chamas consumindo o papel me deixou mais leve, quase feliz. E só.

Vontade de nada


Pernas inquietas em uma mente errante. Acorda sua preguiça todos os dias.
Liga o som para acalmar-se, sofre de uma vontade imensa de quebrar a rotina fixa na sua retina.
Quem sabe pular de pára-quedas ou beber desinfetante.
As pulsações do tédio tornam-se cada vez mais forte.
Reza para infartar.
Estapeia a própria cara, sabe que a vida não acontece parada.


Ps: inspirada na nula vontade de assistir a aula de Métodos Quantitativos, enquanto eu vagabundava no twitter.
Ps2: preciso parar com essa mania de adolescente idiota.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um presente inesperado

Ganhei de Camila Aloyá , mulher instigante e inquieta que escreve no blog : www.camilapreta.blogspot o Prêmio Muchas Gracias Al Blog Amigable. E repassarei este selo para outras pessoas que admiro as letras e o saber.

http://produtosocial.blogspost.com/

http://obrancoderembrant.blogspot.com

http://entrebocas.blogspot.com

http://aartedaliteratura.blogspot.com/

http://maos-nuas.blogspot.com/

http://prosapresa.blogspot.com/

Abraços.

sábado, 7 de agosto de 2010

Navios


Navios naufragam e quem está à deriva descobre que precisa ser seu próprio porto-seguro.
Sereias do tempo ensinam o sobrevivente a dança do mar.
Com sal secando os pulmões a natureza o força a busca por ar.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A história de um homem chamado João.


Mais uma terça-feira de mais um homem chamado João. Este tem seus quarenta anos, cabelos pretos e uma enorme barriga; trabalha numa empresa de uniformes que já não tem muitos clientes. Passava seu tempo mordendo uma caneta bic, quando comia sua quentinha fria, dava-se conta que era um merda.
Não tinha grana pra comprar uma bicicleta para o filho e se penalizava da mulher que lavava roupa pra rico sofrendo de reumatismo.
João não culpava o aquecimento global, nem a internet nem ninguém pela vida que tinha. Culpava só a si, somente a si. Pela sua covardia, pela sua falta de determinação no sonho que tinha: ser cantor na televisão!
Um dia matou a facadas um senador influente de sua terra. Conseguiu seus quinze minutos de fama e foi pra cadeia feliz.



Ps: texto inspirado na feição melancólica de um desconhecido que trabalha numa loja de uniformes real e que provavelmente teve um sonho abortado pela necessidade.

Espera


Espera amor, calma. Fique quieto que o dia passa mas a vontade do encontro não vai passar.

Paredes sufocam, loucura de querer sem poder.

Se engane com a rotina

Mente convulsionada.

Espera amor, calma.

Vamos transcender na alvorada.

Dois conjuntos de átomos pensantes que se gostam, buscam no suor da carne elevação!

Ps: cena do filme O ultimo tango em Paris de Bernardo Bertolucci.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A menina que caçava orquídeas


Geyse tem 10 anos, sempre foi educada e criança determinada. Há um tempo foi repreendida por determinada atitude e sua reação me impactou profundamente.
Ela além de pedir desculpas disse que podíamos chamar sua ateñção quantas vezes fosse necessário. Essa lição de humildade foi como um tapa e me senti pequena diante dessa menina.
Fiquei refletindo em como eu, em como nós nos perdermos com sentimento destituídos de grandeza. Particularmente preciso lidar com o orgulho e uma arrrogânciazinha que habita em mim e são pedra de tropeço e não servem pra nada, meus defeitos os conheço todos. Para mim não é fácil pedir desculpas quando penso que estou certa ou aceitar com clareza um conselho que não pedi e que naquela hora não enxerguei com razão.
Abrir o peito exige um coragem, muita coragem e o exercício constante de compreensão de si e do outro. O exemplo de Geyse me serve de guia nesse viver-aprendizado.

Ps: Registro que fiz de Geyse em 2008 à beira de um lago na Cidade Alta.

De volta.


Cheguei! Muita poeira e teias-de-aranha para limpar neste blog. Afinal de contas, um mês sem postar uma prosa pensamento sonho que fosse. Mas como diria meu velho amigo Samir '' enfim, enfim vamos ao que interessa''.
Pois bem. Voltei de viagem com a mochila bem mais pesada nas costas, carregando o triplo de responsabilidade da que já possuía. Responsabilidade esta que veio atrelada a um enorme aprendizado, exercício de tolerância e pequenos acontecimento de grandes lições de humanidade vividas num momento que nunca mais ocorrerá.
Convivi com cinco companheiras de quarto; de diferentes idades, de diferentes lugares; de diferentes histórias. Em todas um sentimento e objetivo comum.
Minha rotina começava às cinco da manhã e longe do conforto de casa sentia saudades das coisas mais singelas: do meu pai brincando com a Lira ( minha vira-lata ladra de lasanha), da minha mãe pedindo que eu abaixasse o som da sala e da cara de sono e riso do meu namorado. Entretanto as semanas fora iam passar e a experiência que tive era boa e necessária.
A situações tinham seus picos, ora de alegria, rindo da guerra noturna de S.C e de M.F que disputavam o troféu peidinho de ouro, ora de melancolia, chorando de saudade abafada num lençol, havia solidariedade, pois adoeci no sengundo dia em que havia me instalado, tive tensões numa discussão resolvida com conversa e um abraço. O saldo é positivo.
A avaliações e pressões eram diárias e o meu grupo recebeu elogios pelo esforço e comportamento exemplar.
A labuta continua, eu só rogo sabedoria, muita sabedoria nas minhas atitudes para que eu seja coerente com o posto que ocupo e não tenha vergonha de mim mesma.