segunda-feira, 12 de agosto de 2013

As marcas da delicadeza

Era domingo. Dia dos Pais e todos tinham ido ao jogo. Fiquei ajudando mamãe a fazer lasanha, com o som do Roberto Carlos de fundo.Apenas nós duas. Me peguei pensando em como eu queria que esse momento se estendesse por muitos e muitos anos. Ver seu cabelo todo branco, seu rosto enfeitado de rugas. A singeleza das coisas é perigosa. É na delicadeza que elas me marcam.
Minha mãe é minha amiga e  Dalai Lama na hora do aperto. Capriconiana pé-no-chão. Professora de Português. É minha Ana Maria Braga particular, só que  mais gordinha. Ela é bondosa, chata com as louças, que não dorme enquanto não chego. Que enfrentou um câncer, que tem limitações físicas. Que chora de nervosa. É um exemplo de força pra  mim.
         
No dia de hoje, no dia de sempre eu agradeço o grande ser humano feita mãe pra mim.