sábado, 17 de abril de 2010

A felicidade do dia


Sábado. Aqui escreve uma mulher cansada em meio ao mormaço, um quarto bagunçado e uma sopa quente de frango com brocólis. Tive uma noite mal-dormida e preocupante. O menino-das-tranças estava doente, só pude dar um comprimido e uma xícara de chocolate quente.
Lhe abraçava, engraçado ele dizendo: vai passar a dor. E ela não passava!
De manhã dei banho, vesti, liguei pra sua mãe e caminhamos pro hospital. Ia encolhido no táxi.
Chegando lá na emergência mostrou que tinha mãnha por cinco eus. Exames daqui, de acolá, grito de criança com joelho deslocado, um velhinho com a cabeça sangrando e a fome chegando.
Uma da tarde, a sua mãe precisou sair pra dar aula na pós...fiquei. Depois fui comprar qualquer coisa que enganasse o estomâgo, enfrentei até o meu medo de elevador, me perdi, como de praxe. Tenho uma sina pra me perder em hospitais.Voltei pela escada e valeu a pena. Fiz ele sorrir. Sempre é indulgente com meus desastres. Sempre é doido por coxinha. A felicidade do dia foi dividir com ele o meu lanche. Um gesto tão simples.
Divisão. Da nossa saliva, das suas camisas, divido minha brabeza, meu conselho, os anseios. Nosso tempo, divide as cocégas, o reggae, o relaxamento, tudo dividido aqui no peito não diminui, só aumenta.
Por hora chega. Amanhã tenho ocupações, ver um filme de colo com direito a pizza, sair pra ver uns documentários que vão de Hermeto Pascoal a Tim Maia. Um domingo com atividades simples. Estou me preparando com uma boa noite de sonhos e um dorflex pra coluna.
Vou dormir e aproveitar o dia que virá.

Um comentário:

  1. E dessa divisão vamos ter multiplicações.

    E vida, temos uma mesmo, que seja a que valha.

    abração, moça que cuida de mim.

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