domingo, 22 de setembro de 2013

Com o saco cheio de tanto vazio

Ando de saco cheio de tanto vazio e até agora não encontrei remédio pra isso.
Não. Não quero deprimir. Afinal de contas, fui eu que terminei com o namoradinho. Fui eu que larguei tudo pelo caminho. Foi necessário.
Mamãe tava ali conversando com as plantas. Ela como sempre cheia do diálogo.Apaziguadora. Mamãe senta aqui. Me diz como conversar com esse vazio que tá aqui. Como faz pra dizer com com jeito que tá na hora de ele ir embora.
Sabe, eu tentei sair de casa nesse domingo, depois de ter dormido muito. Não deu. A companhia tava cansada e talz. E lógico , que não ia ficar de mimimi prazamiga porque ficar dentro de casa tá chato, sufocante , que tá precisando duma força que tá precisando rir de uma bobagem qualquer e todas essas coisas adolescênticas que passou da hora de ser. A gente dá uma de madura e diz :tudo bem .Se não dá pra sair hoje. Engole o que te machuca.
Embotei. Sinto falta do Amor.Lamento por tudo que se perdeu. O que se perdeu era bonito e bom.
Na falta do Amor tem um pote de sorvete de flocos na geladeira e um dvd com o show do Stevie Wonder . Afinal de contas tenhamos falta de Amor , mas nunca de dignidade ^^

sábado, 7 de setembro de 2013

Sábado, esperma e sobriedade

Sabadão e eu aqui vendo conversa   de utilidade  pública  esperma no Altas Horas.
Preciso de uma caipirinha de kiwi pra ontem pra descer esse papo ridículo moradessas.
Eu preciso de sky hdtv.


RI.P



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A dor vicia

A dor vicia. Tem caféina e tomo regularmente sem receita médica;
Quanto anos terão que passar  pra saudade se tornar desnecessária ?
Eu não sei responder. Só sei esperar por uma resposta que não vou ouvir ou que não quero confirmar.
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Aqui dentro existe um medo triste. Aqui dentro me sinto uma desimportância. Um sonho de ter sido vir a ser.
Quero uma injeção de amnésia pra não ter lembranças. Agora.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Setembros

Este mês faz dois anos que Dona Nilce realizou uma cirugia e tratamento contra o câncer.
Dois setembros em que descobri as várias nuances do Amor.
Dizer que ama é fácil como respirar, mas respirar esse sentimento é ato contínuo. De confiança e tenacidade.
Amar é entrar no elevador do hospital, quando você tem pânico dele e encara ele mesmo assim. Fecho os olhos e imagino um campo aberto pra não entrar em desespero.
É esconder todas as fivelas do guarda-roupa de um cabelo que já não existia. Não podia poupar minha mãe de uma quimioterapia, então qualquer dor que pudesse evitar eu fazia.
Amar é  comprar um livro de sopinha, porque você já não sabe mais inventar comida pra quem sofre de enjôo e perdeu o paladar.
É chorar depois da meia-noite quando tudo está quieto, porque o dia inteiro foi dificil e quem você ama precisa lhe ver forte.
É comprar um livro, um cd do Roberto Carlos, é fazer piada pra arrancar um riso.
Penso que tristeza devia ser pecado, sabe ?
Cazuza falava que ''o nosso amor a gente inventa''. Eu acho até que a gente reinventa. Tão caleidoscópico e cheio de cor e possibilidades ele é. Caixa de música que nos toca desde cedo...
Deixei de lado as desimportâncias. Os absurdinhos que nos fazem pequenos.
Claro que né, não virei e nem quero vender santidade e a bondade de uma madre em Calcutá.
Ser um ser humano melhor é minha grande construção na vida.
Eu só quero dizer que a alegria é grande.
Pela cura.
Por toda ajuda.
Por todo abraço
Pelos braços de solidariedade.
Pela nossa superação juntas.
Fiz uma trouxinha  de tudo isso, eu guardei aqui.