sábado, 28 de novembro de 2009

O Caderno Vermelho




O caderno vermelho é meu espelho e nas páginas escritas, me vejo refletida.

Essa história de escrever me demandou uma coragem, antes nunca tida.

Penso que se atrever nesta tarefa é ousadia!

Ainda hoje escrevo com medo, pois desnudo aos poucos minha alma, torta que é.

Enfim sem segredos.

O caderno vermelho sempre está do meu lado, sorrio das minhas horas de inspiração...

Quase todas em ônibus lotado, acho que necessito de movimento.

Uma válvula de escape para ativar a imaginação.

Papel e caneta são minhas drogas e a viagem está cada vez mais constante.

Mas não preciso de outro vício, este já é o bastante.



"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.Não altera em nada...Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.
A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro" Clarice Lispector.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Crise de Ícaro


Tenho um espírito livre.
Livre pra tomar banho de chuva nua.
Tô esperando janeiro fechar o céu de nuvens puras...
Livre pra sorrir para crianças estranhas na rua.
Crianças são seres de bem e não se prendem a austeras regras de conduta.
Livre para encontrar-me com o mar e ser inteiramente dele e assim com ele incertezas naufragar.
Entretanto algo invisível me impede o poder da liberdade maior.
Porque liberdade é poder, se és livre e não usufrui disso, então tenho pena.
Você( que se prende em leis) nem existe.
A grande queixa é sobre essa tal de gravidade!
Quero mesmo é alçar voô, ficar acima de prédios e montes e no sol me queimar.
Suspiro zangada...
Ainda estou na Terra e contra a minha vontade.

Fonte das Pedras



Era uma vez um casal, tomavam sorvete num banco de madeira num dia não qualquer.
Não. Não era uma vez porque haverá outras vezes.
Isso aconteceu num passeio com meu companheiro num fim de tarde à Fonte das Pedras, dividi um lugar que era só meu.Que desde então é só nosso. Lá é meu refúgio: do tempo, do calor,das responsabilidades, da grana que falta, da saudade do mar, desse pouco óbvio do cotidiano que forma tudo.
Deitamos no colo um do outro e ficamos nos olhando, o olhar sussurando o que não precisava dizer.
Aquele momento exigia pouco diálogo, o silêncio que se respirava me inundava de paz.
Embora houvesse sons de motos, carros e alguns metros adiante tocasse uma música vulgar, o vento soprava beijos nas árvores e era a melhor trilha sonora aquela hora.
Por um sorvete clamei! Surpreso meu namorado falava de como o meu rápido terminava, sou adoradora deste doce assumida e ainda brinquei.
- Quem terminar primeiro ajuda o outro!
Quando gosto, gosto instensamente, quero tudo de uma vez, inteiramente. Por exemplo, não como chocolate a prestações.
Minutos passam e observamos um meninozinho, negro e de bochechas saliente, devia ter uns dois anos, ele chorava, gritava, criava estardalhaço pra ficar olhando os peixes, que na Fonte abundava. Parava com os braços na costa ,muito compenetrado na sua comtemplação.
Acho bonito esse encanto primeiro, me divertia quando ele fingia que ia ao caminho da mãe e correndo voltava.
Infelismente o expediente de visita chegava ao fim. Jogamos casquinha na água límpida pra ver qual peixe mais esperto pegava.
Caminhamos até a Praia Grande e olhamos o adeus do sol, mas este dia não terminou tranquilamente...o tom de certas palavras estremeceram o pacto selado e ali na beira do mar, o gosto na boca era amargo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Padaria do Fancês





A Padaria do Francês fica situada no Centro Histórico e é meu palco de conversas, no momento está fechado em infindavél reforma.
Descia na hora do crepúsculo com Silvia, amiga índia que corria comigo pra ver o pôr-do-sol no cais da Beira-mar. Nasciam risos de nossa conversa amena, o tempo voava, o chocolate quente acabava, enchia-nos uma preguiça de levantar.
Eu gosto desse lugar, sentar nas cadeiras brancas, ouvir o alarido do futebol próximo das crianças...
Um outra companhia não posso esquecer: o Ivan.
Moço do cabelo encaracolado, cheio de aventuras e cigarros.
Nos dialógos ocorridos ocorriam rodadas de cafés. Estou sentindo saudades disso, ultimamente minhas saídas tem cansado meu espírito, os dias de rock'n'roll agitam demais meu coração de velhinha. Gosto de ouvir meu amigo de andanças, que um dia saiu do nada pra cidade de Alcantâra, resolver pegar carona num caminhão e parou no município de Pinheiro, quis ficar e foi lá trabalhar numa churrascaria enquanto o povo revirava mundo pra achar o menino!
Hoje raspou o cabelo e trabalha na Marinha.
Ivan, cadê você?

Plenitude




Numa certa noite, havia uma conversa à meia luz.
Éramos só nós dois, dançando blues.
Brindando o amor com vinho argetino.
Não precisava de nada mais.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Abraçe


Abrace e abrace com o corpo todo e a alma inteira.
Abraçar, graças a Deus! Não é pecado.
Errado é o abraço frouxo, parece que não quer ser dado.
O que deve ser doado de jeito sincero e intenso.
Assim eu penso...
É tão bonita essa troca, tudo poros, cheiros e respirar
Oh maravilha que não faz mal a nenhuma gente.
A fonte do abraço não acaba nunca e dele nunca pode-se cansar
Feito de uma só maneira e molda-se a tantas horas pra dizer o que se sente.
O instante do abraço de encontro ou da despedida.
Abraço à vida, mesmo sendo feita algumas vezes de ferida.
Abraço o amor,que é base da minha lida e dela só eu conheço, porque é em segredo que ela é vivida.
Ps: Eu estava indo embora, esse tipo de abraço é a pior hora, quando tenho que me partir por partir para longe do meu avô. Pior que isso rima sempre com uma tal de dor.
Um dia eu invento o teletransporte!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Historieta de Davi




Davi têm três anos, é um rapazinho franzino, inteligente e de fala engraçada.
Um dia desses, sua avó escovava a dentadura e ele estava próximo, Davi olhava a cena impressionado, de repente começa a puxar os seus dentes insistentemente.
A avó pergunta afirmando e rindo.
- Não sai né?!
Davi responde inconformado, tinha os dedos babados ao dizer:
- Ô vovó, não sai ó.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Hora que não se paga



Segunda-feira
E de novo atrasada pra faculdade, nem ouvi o despertador. Meu professor de OSM(Organização,Sistemas e Métodos)até brincou sobre as minhas faltas relacionando ao acessório que estou usando na cabeça.
- Faz tanto tempo que ela não vem pra aula que deu até pra nascer uma flor no cabelo dela!
Escrevo durante o intervalo, aguardando a professora de Contabilidade Gerencial( que no final não deu as caras)o assunto do dia são sobre as horas que não se paga.
Começo por uma lembrança antiga: mamãe fazendo cafuné em mim que estava doente e não conseguia dormir. Isso ficou marcado. Suava frio mas a tarde estava quente,não esqueço até da colcha de cama amarela com bordado marrom em que estava deitada.
Me diga quem nesse mundo paga o carinho da minha mãe?
Agora, recordo de um outro momento, momento este pavoroso! A família estava reunida no Naútico Clube, uns passearam de jet ski e papai foi andar de caiaque e o caiaque não sei como virou! A agonia de pensar que ele morreria ali afogado foi doída demais, sei por essa experiência o que é ver a hora não passar.Felizmente um tio corajoso foi salva-lo e atravessou um pedaço de água sem salva-vidas pra salvar o que contribuiu para o surgimento da minha. Falava pra minha mãe quase chorando.
- Mãe papai vai morrer.
Quem pagaria a hora que olhei vivo o meu pai?
Relato também sobre uma madrugada especial, quando chegava na casa do namorado às três da manhã. Fiquei descalça na grama do jardim e fiquei de molecagem imitando índio ao redor do coqueiro, quem me conhece de perto sabe que não sou lá muito séria.
Ele só ria, sentei cansada da brincadeira e chamei meu moço.
- Vem pra cá, senta aqui comigo.
Deitei nas suas pernas cruzadas e ficamos conversando. O vento soprava tranquilo e a noite era silenciosa, meu companheiro acariciava-me os ombros.Estava satisfeita.
Quantos dinheiros pagariam a plenitude que me enchia o peito?

E pra você? Que hora que não se paga?

Ps: Registro das minhas gurias brincando num sítio na Estrada de Ribamar, viver uma infância decente nunca terá preço.

domingo, 15 de novembro de 2009

O experimento



Outro dia colhendo uma rosa-menina pra deixar no quarto, furei o dedo com um espinho.
Gosto de rosas e me delicio sempre que vejo uma desabrochar, floresço por dentro.
Bem, o espinho machucou pouco e curiosa igual criança, levei o espinho à boca e comi.
Espinho de rosa tem um gosto suave e bom.

''Triste não saber florir''- Fernando Pessoa com o heterônimo de Alberto Caeiro.

Ao Senhor Araujo


A meu pai, senhor da raça de Araujo, teimoso e com o pé torto.



Meu pai tem suas horas de menino
De manhã cedo vem chatear-me ao ouvido
Brincando igual a minha bisavó fazendo bizi bizi
Tem olhos graúdos , meio perdidos
Os mesmos que herdei quando nasci
Deita em minha cama, o seu corpo branquelo
Fico de colo sem querer sair
Conversamos calados
Meu pai amado e que tanto me faz rir
Bizi bizi...
Nota: Foi ele que me apresentou Beatles em vinil, contou-me histórias dos casarões desta ilha, iniciou-me o gosto pelo tambor de crioula, em dias de sábado tomava vinho comigo, ia domingo curtir o reggae de um Peter Tosh no Chama Maré, é ele o culpado da minha ' desgraça ' cultural e etílica. ^^

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Conversa de Duendes



Duendes existem e moram perto do mar.
Havia uns ritos estranhos de jovens em círculos rezar
Havia um mapa no meio do caminho
Riscado lá no chão de asfalto.
Havia homens que eram portais, um era medo e outro desejo , pelos dois tinhamos que passar.
Éramos passarinhos e assim como eles, a imaginação voava alto
Debaixo do cajueiro ,alteram músicas com letras surreais, filosofando falsas verdades...
Duendes davam seus sinais.
Havia folhas secas , frutas no chão, nossa modesta mesa
Um cheiro de desprendimento existia, ar de leveza
Dispersava qualquer tormento num culto à Mãe Natureza.
Parece conversa de bicho-grilo mas é conversa de duendes.
Versos versados para Wins, de um tempo que só a gente entende.

Poliedro Humano II


Sim,continuando-me.
O almoço já está pronto, mas meu alimento de hoje é o som do Iggy Pop!
No primeiro texto falei da minha infância,onde fui uma criança destrutiva e dos defeitos que tenho(acho mais fácil falar deles do que das qualidades)que são a personalidade ácida e um espírito muito sincero e pra falar a verdade ,gosto deles. É preciso gostar disso um pouquinho,há defeitos que nos dão força, Clarice Lispector fala que não se pode tira-los todos, que desabaria assim uma pessoa. Concordo com ela.
Aqui surge outra Didi,que nem era a Didi ainda, vamos pra fase guria de 13 anos, essa fase me arranca risadas, jogava vôlei no Sesc(jogava mal) tinha muita força no saque e era péssima bloqueadora, rsrsr. Nessa época eu colecionava posters de uma banda famooooosa no mundo todo, mininos bunitinhos que dançavam marcadinhos: Backstreetboys. E você que está lendo nem pensem em me julgar, todo mundo tem um passado macabro ,hauhuhuahsu, outro detalhe interessante é que eu queria ser freira,o sonho de ser bailarina morreu lá nos meus oito anos. Apesar de ser danada ,era muito inocente, pensava com essa idade que perder a virgindade era dar selinho,que boba,que belo. Me entristece as gurias de hoje que pulam suas fases,querem ser moças antes do tempo, eu não queria saber de maquiagem(até esta idade não sou muito fã)eu queria era jogar queimado no sol quente. Já vi mãe levar criança de quatro anos pra escolher esmalte, assim não dá!!!
Não posso esquecer de frisar que nesta idade iniciou-se em mim o gosto por Literatura, comecei com Helena de Machado de Assis, li Linéia no lago das ninféias e assim apaixonei-me pelo impressionismo e história da arte e tudo isso com um livro singelo.
Aos 14 começou a desgraça, comecei a ser a Didi, apelido que nada tem a ver com meu nome mas que ficou, coisas de Thiago e Rodolfox lá do cafofo do Osama, eles me apresentaram Sandra Nisseli, amiga de andanças, que pirava com Nirvana e não lavava a faixa jeans do cabelo ^^
Despreocupada, era a minha face.
E foi a melhor fase.
Ficar cantando ali na frente do Liceu, Twist and Shout dos Beatles, beber socialmente um vinho na Árvore do Desprezo(onde não entrariam os jovens emos)caminhar feito loucos até a praça Gonçalves Dias pra falar besteira, era tudo muito massa.
Dois anos depois trabalhei numa rádio pra falar de rock'n roll, três meninas, nós contavá-mos a história da banda, curiosidades, novos projetos e tudo mais, havia um bloco voltado pra responsabilidade social, jaz o PERFIL DO ROCK, o pessoal ligava e no duelo de vertentes, escolhiam a banda do próximo programa, pegava emprestado a roupa do meu irmão nessa época,hihiahiah, parecia um menino com boné pra traz, de bermuda e descendo a rua de skate.Era contraditório essa situação porque cantava num coral clássico dessa ilha, o São João.
Bons tempos, onde jogava RPG 3d&t na casa de Queiroga, foi lá que começou o clã do 23-19, sobre esse grupo, conto depois...
É, não era esse frufru de agora ^^
Conheci o Paulo também, o menino de cabelos nos ombros, calmo e loirinho, foi meu namorado por quase quatro anos, foi sempre uma pessoa boa, mas não deu certo. Restou um aprendizado e amadurecimento muito grande, está aberta a aprender é o que eu sempre quero.
Por um tempo me questionei tal qual Cecília Meireles, 'em que espelho perdi a minha face?'
Tempo caótico, haaa não te quero mais. Foi o bastante pra mim e foi desse bastante que muita coisa foi perdendo a graça. Tenho 21 anos, mas sei que sou bem mais velha. Eu acordei, tão bom não ter os olhos fechados. Eu não tenho saco pra pessoa sem contéudo, eu deixo no vacúo mesmo, não me torturo ouvindo a quem não me agrega, bebida pra mim nem me interessa, o Reviver às sextas-feiras já não presta e eu penso três vezes se vale a pena perder minha noite de sono.
Cara, é preciso se cuidar, se amar, somos únicos. Tenho pena de quem se desperdiça, alguns buscam resgatar-se tarde demais, aí você já se perdeu. Essa pessoal é minha face que cansou.
Depois de muitas reviravoltas conheci o Brito, namorado palhaço e artista, que me ensinou a gostar de Los Hermanos, banda que eu detonava só pra chatea-lo,ahaha(som para menino de 14 anos pseudo-depressivos) ele també me ensinou o ponto certo do misto quente e é um amigo até hoje.
Bem a minha face agora ,resplandece, iluminada.
Acredito que encontrei a face que me completa, a pessoa que me acompanha e é por mim amada. Abiodun Skindolelê Carimbó Siriá, ehehehe, como eu te amo, como te quero.
Nunca imaginei que pudesse ter um relacionamento tão simples e belo, vivenciar a palavra companheirismo, é um algo que prezo muito. E pensar que da nossa amizade nada mais floresceria ^^
Mas uma flor no coração de cada um nasceu. Que coisa, foi preciso sair do Maranhão pra vibe rolar! Tudo começo no Fórum Social Mundial em Belém-PA.
Finda a explanação desta quinta-feira, vou tomar banho e comer, se for falar de Abiodun, vai dar uma monografia.
Boa tarde pra vocês.


Ps: gosto de tomar banho e secar ao vento, ficar andando nua pela casa, ouvindo uma música boa pra passar o tempo. Permita-se, usufrua e valorize cada hora sua, o dia no fim das contas é você quem faz.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Poliedro Humano I


Várias, irônicas, risonhas, ternas, zangadas e infantis poliédricas faces...
Hoje, segunda-feira, escolhi e quis falar de mim. Coisa rara, embora me conte um pouco neste blog. Eu posso explanar sobre características minhas porém não será nunca o veredito final, acredito que estamos a nos descobrir sempre, é idiota quem 'pensa' que é assim e nunca vai ser assado e contrariando a letra do som dos Secos e Molhados, não é preciso ser assim assado. Tem gente que já se queimou e outros não passaram de mal-passados,ehehehe.
Pois bem, devem estar aí imaginando: Mas que hora essa guria vai se revelar?
Calma, certas coisas se faz devagarinho, é como por exemplo quando vou passear na Fonte das Pedras, fico lenta até no respirar, lá tem um verde e um cheiro bom, ia por lá dar comida para os peixes com a minha mãe na infância.
Falando em mãe, tenho muito dela no quesito personalidade, não herdei os seus cabelos lisos e os olhos pequenos,mas a cor e o temperamento sim. No nosso tempero tem açuçar e pimenta. Porque somos carinhosas, zelosas entretanto o gênio é forte e sou ácida, indigesta às vezes e pra falar a verdade não me importo com isso se você não for importante para mim, sofremos de uma doença de nome : raiva de três minutos. Essa intensidade de ser 8 ou 800 um dia me mata ehehehe, como diz meu namorado: "quando tu ama, ama demais e quando odeia, odeia demais", não consigo ser falsa,não consigo, me pergunto se é qualidade ou defeito, igual a quem me deu a luz ,se eu gosto eu gosto e pronto, se não descer pela minha guela não vou sorrir para agradar. Isso reflete diretamente no meu relacionamento social , familiar. Meu pai que é o mais calmo da casa diz: filha não é assim, devolva a quem não gosta educação, é assim que a gente retribui, então retribuo com um desprezo bem educado.
Sim, mas chega disso por agora.
São 13:31 ainda não almocei e também não tenho fome, tô me alimentando do som do Pink Floyd.
^^
Sempre dei trabalho pra comer mesmo, na infância dei muuuito trabalho, a começar no meu nascimento, precisei tomar remédio controlado com dois dias de nascida devido a convulsões, fiquei com algumas sequelas( eu sei que num sou lá muito normal e acho isso ótimo)tenho falha de memória, coordenação motora horrivél, até seguir uma linha já traçada sairá torta, rsrsr e não posso ter raiva, dessas sérias que me tremo toda parece Parkison. Outra informação curiosa é que também fui um projeto de anti-cristo inicialmente com os meus cinco anos, coitado do meu irmão, apanhou muito mas também batia em que se metia com ele, lembrei de uma briga que tive com um menino de nome Leandro, ele mexeu com meu irmão, bati igual outro menino, ele saiu dizendo que ia falar pra mãe dele, atrevida que era(era?)disse: pode dizer que quando tu voltar aqui tu apanha de novo,ehehehe, fugia de casa pra brincar debaixo de um jambeiro, rasgava os sacos de café,arroz pra brincar,pescava no quintal dos outro numa cidade do interior, na 4º série bati na professora pra não dar um livro pra ela, tentei enforcar uma guria na sala de aula, subia no telhado do colégio,troquei os anéis de ouro da minha avó no maternal por anél de brinquedo que vinha junto com goma de mascar,pegava as lagartixas da parede pra cortar o rabo,já dei tapa num rapaz que falou que levaria embora a Ivanice, moça que cuidava de mim e me carregava pela casa de 'macaquinho' e pelo tapa levei uma tremenda surra(merecida) minha nossa, nem a Super Nanny se manteria calma comigo!!!
E pensar que hoje, penso três vezes se vale a pena sair de casa, prefiro filme a balada,água com gás sabor de limão no lugar da cerveja, pedir que eu vá no bar do Nelson duas vezes seguidas é mais do que poderia suportar( não topo qualquer programa,passei dessa fase) mas se alguém me convida pra caminhar na beira do mar eu vou feliz e tranquila, pois como canta Paulinho da Viola ' não sou eu quem me navega,quem me navega é o mar'. E é lá que gosto de estar pra ficar serena.Tem algo de engraçado na minha história, namoro um baladeiro de plantão! Mas a gente se entende e por ele e por Sandra Nisseli eu saio do conforto de casa, quem gosta de alguém sabe que às vezes é preciso abrir mão.
Depois eu continuo a história, meu deu preguiça aqui, vou pra rede me embalar, bicho do mato que sou, minha cama no quarto ficou de enfeite.
Continua...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pescando-me


Enquanto pescava, passava o tempo
O tempo passado me pescava.
Enquanto sentia o sol
O sol em mim ficava.
Pescar era o meu passa-tempo que se passava no sol.
Pescando, pesquei no sono e os peixes levaram a isca do anzol.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pássaro Sem-lar


Voa voa passarinho

Que destruíram teu lar.

Voa voa passarinho, que o teu ninho já não tem lugar.

Na construção de uma casa, desfizeram a tua

Feita tenazmente com galhos enovelados.

Onde você irá pousar?

Já não canta mais o injustiçado,

Que em minhas manhãs dançava pelo ar.