terça-feira, 20 de abril de 2010

Fogo!



Minha língua está acesa, as labaredas das letras me corroem as mãos, a mente, lambe os dentes com suas cáries.
O fogo invade dos meus segredos-gaveta às teias-de-aranha do canto dos quartos.
Queima aqui dentro, agora mata-me.
Estou sendo devorada, as cinzas deitam libidinosas sobre mim como sádicas.
Tenho tremores de um gozo de masoquista acorrentada. Eu deixo, eu gosto, eu transpiro, eu necessito desse caso incendiário da linguagem.
Palavra-me!

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