segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Saudade é uma coisa estranha


Saudade é uma coisa estranha, a minha é de sete meses. Sempre ansiosa, sempre apressada.
Quando eu coloco a água no fogo a preparar o chá matinal do meu nêgo amado ela vem me cutucar.
Me lembro que tenho rotina, que porque eu resolvi frescar beijando a orelha dele vou chegar atrasada pra aula de cálculo. Aí gente. Meodeos que vontade de jogar fora a hora, esquecer que desvio padrão existe, o trabalho, o trânsito e toda a máscara social que somos obrigados a usar só pra ficar deitada mais um pouquinho, sentindo a pele dele, dizendo coisas de carinho.
Meu moço adorado me deixa na parada, pego o ônibus, da janela o vejo me jogar beijos. Não sabe ele que maldade tremenda me faz. Sabe quando o coração vai ficando encolhidinho? Pois é.
Instantes que fico desesperada, despe-da-ça-da, calada. Pensando em descer da condução correr para o aconchego do seu abraço.
Responsabilidade. Ela também causa convulsão, por dentro eu sigo tremendo. Continuo no meu banco mentindo a saudade-amor.


Dias em que desejo pegar um pedaço do tempo pra fazê-lo completamente meu.


Ps: registro da moderna técnica de higienização de nariz. ^.^

4 comentários:

  1. mal sabe ela que sinto quase o mesmo aperto ao vê-la partir, e que esse é o motivo de querer estar com ela a maioria do meu tempo de vida, só eu e ela.

    saudade é uma coisa estranha, tão estranha que eu conto horas minutos e segundos pra te ver.

    minha princesa.

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  2. Quase sempre ela nos permite belos textos...rsrs!

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