segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Hora que não se paga



Segunda-feira
E de novo atrasada pra faculdade, nem ouvi o despertador. Meu professor de OSM(Organização,Sistemas e Métodos)até brincou sobre as minhas faltas relacionando ao acessório que estou usando na cabeça.
- Faz tanto tempo que ela não vem pra aula que deu até pra nascer uma flor no cabelo dela!
Escrevo durante o intervalo, aguardando a professora de Contabilidade Gerencial( que no final não deu as caras)o assunto do dia são sobre as horas que não se paga.
Começo por uma lembrança antiga: mamãe fazendo cafuné em mim que estava doente e não conseguia dormir. Isso ficou marcado. Suava frio mas a tarde estava quente,não esqueço até da colcha de cama amarela com bordado marrom em que estava deitada.
Me diga quem nesse mundo paga o carinho da minha mãe?
Agora, recordo de um outro momento, momento este pavoroso! A família estava reunida no Naútico Clube, uns passearam de jet ski e papai foi andar de caiaque e o caiaque não sei como virou! A agonia de pensar que ele morreria ali afogado foi doída demais, sei por essa experiência o que é ver a hora não passar.Felizmente um tio corajoso foi salva-lo e atravessou um pedaço de água sem salva-vidas pra salvar o que contribuiu para o surgimento da minha. Falava pra minha mãe quase chorando.
- Mãe papai vai morrer.
Quem pagaria a hora que olhei vivo o meu pai?
Relato também sobre uma madrugada especial, quando chegava na casa do namorado às três da manhã. Fiquei descalça na grama do jardim e fiquei de molecagem imitando índio ao redor do coqueiro, quem me conhece de perto sabe que não sou lá muito séria.
Ele só ria, sentei cansada da brincadeira e chamei meu moço.
- Vem pra cá, senta aqui comigo.
Deitei nas suas pernas cruzadas e ficamos conversando. O vento soprava tranquilo e a noite era silenciosa, meu companheiro acariciava-me os ombros.Estava satisfeita.
Quantos dinheiros pagariam a plenitude que me enchia o peito?

E pra você? Que hora que não se paga?

Ps: Registro das minhas gurias brincando num sítio na Estrada de Ribamar, viver uma infância decente nunca terá preço.

3 comentários:

  1. em família, a noite, tem sabar de vinho... lindas meninas de Deus...

    parabens

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Instante que florescem a vida e a faz ser mais viva. Tão sensivel a minha florzinha gente. :D



    P.s: Flor, conseguir te seguir, bzÔ.

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