segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ali no Haiti

Na semana em que corria o planeta o desastre que abateu o Haiti[ não bastassem as demais mazelas que chagavam essa sociedade]eu estava sentada no varanda lá do sítio numa tarde de sol, nem tinha almoçado e vendo o abalo da minha segunda mãe [tive a sorte de ganhar duas] não dava fome também.
Esta senhora tem seis filhos, todos criados e a maioria com filhos e casados, veio de origem simples mas batalhadora. Ela traz no rosto anos de trabalho e sabedoria. Minha mãe estava triste pelas mortes ocorridas e em especial por suas amigas falecidas da Pastoral da Criança, incluindo Zilda Arns. Amigas que como ela, lutavam pra diminuir a taxa de mortalidade infantil, lutavam por vidas na maior demonstração de amor.
Conversa comigo na sua cadeira de balanço e no meio do pesar mostrava raiva. Raiva dos poderosos daquele lugar, da ambição e ganância deles.Ela retratou este país assim: '' ali o pobre é miseravél e o rico milionário'' e esbravejava ''como é que pode, como é que pode minha gente?!''
Também concordo; como é que pode alguém dormir tranquilo entre plumas, pisando em ouro porque pisou no outro?
Eu não preciso dizer o que acontece lá.Eu não preciso dizer o que todo mundo sabe. Eu nem quero dizer nada!!!
Só quero fazer meu minuto de silêncio por uma nação que vive o seu próprio fim de mundo.
Há muito que se chorar pela vida derramada.


Ps: Sem foto, a desgraça não precisa de imagens mas de compaixão

2 comentários:

  1. Você tem razão, Édla.

    ResponderExcluir
  2. É lamentável mesmo, mas o mais lamentável e que não é só lá. O haiti tbm é aqui.

    passa lá no abiod1dark.blogspot.com e veja lá outra coisa realmente lamentável sobre esse acontecido.

    beijão amor!

    /nha.

    ResponderExcluir